segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

História da Congregação

                                         














A Congregação do Santíssimo Redentor foi a resposta de Santo Afonso de Ligório ao chamado que ele ouviu de Jesus através dos pobres. No ano de 1730, Afonso estava exausto por causa dos seus trabalhos missionários. Seus médicos mandaram-no fazer repouso e respirar o ar puro das montanhas. Com alguns companheiros, ele foi para Scala, na costa amalfitana ao sul de Nápoles. No topo das montanhas ficava o Santuário de Nossa Senhora dos Montes, lugar ideal para descanso, lugar ideal para a contemplação perto da Mãe de Deus: montes, belo panorama e embaixo, o mar.

Mas Scala também significava pobreza. Naquelas montanhas viviam grupos de pastores que vieram ao encontro dos missionários, em busca do Evangelho, da Palavra da Vida. Afonso ficou surpreso com sua fome da Palavra de Deus e recordou o que disse o profeta: "Os pequeninos pedem pão, mas não há ninguém que lhes dê" (Lm 4,4). O primeiro biógrafo de Afonso escreveu que, ao deixar Scala, um pedaço do seu coração ficou com aqueles pastores e que ele chorava pensando como podia ajudá-los.

Em Nápoles, depois de muita oração e aconselhamento que o ajudassem a discernir claramente, chegou à conclusão de que devia voltar a Scala. Sim, havia pobreza em Nápoles também, mas lá havia muitos outros que poderiam ajudar os pobres a sair da sua marginalização dentro da sociedade. Em Scala os pobres estavam sós, sem ninguém para ajudá-los, totalmente abandonados. No tempo de Santo Afonso, pastores e camponeses eram o grupo mais oprimido da sociedade: "não eram considerados gente como as outras pessoas, eram os infelizes do mundo". Foi por causa do destino deles na vida que Santo Afonso escolheu ficar a seu lado, compartilhar com eles a sua vida e levar-lhes, com abundância, a Palavra de Deus.

No dia 9 de novembro de 1732, na sua amada Scala, Santo Afonso de Ligório fundou a Congregação do Santíssimo Redentor para seguir o exemplo do nosso Salvador Jesus Cristo anunciando a Boa Nova aos pobres. Tinha 36 anos de idade. Sua vida tornou-se uma missão e um serviço aos mais abandonados.

Os Missionários redentoristas dão continuidade ao carisma de Santo Afonso na Igreja e na sociedade: "Fortes na fé, alegres na esperança, ardentes na caridade, inflamados de zelo, humildes e sempre dados à oração, os Redentoristas, como homens apostólicos e genuínos discípulos de Santo Afonso, seguem o Cristo Redentor com o coração cheio de alegria, abnegados de si mesmos e sempre prontos a enfrentar o que é exigente e desafiador, participam do mistério de Cristo e o proclamam com simplicidade no viver e no falar, a fim de levar ao povo a Copiosa Redenção" (Constituições redentoristas, No. 20).

Os Redentoristas vivem em comunidades missionárias, sempre acolhedoras e orantes, como Maria de Nazaré. Mediante as missões, retiros, serviço paroquial, apostolado ecumênico, ministério da reconciliação e o ensino da teologia moral, proclamam o amor de Deus nosso Pai, que em Jesus "habitou entre nós", de modo a tornar-se imensa misericórdia e a Palavra de Deus que alimenta o coração humano e dá sentido à vida, vivendo tudo isto em plenitude e solidariedade com os outros. Como Santo Afonso, os Redentoristas fazem uma opção muito clara pelos pobres, afirmando a sua dignidade e grandeza perante Deus e acreditando que a Boa Nova de Nosso Senhor se destina especialmente a eles.

Os Redentoristas são aproximadamente 5.500; trabalham em 77 países de todos os 5 continentes, com o auxílio de homens e mulheres que colaboram na sua missão e formam com eles a Família redentorista. "Nossa Senhora do Perpétuo Socorro" é o ícone missionário da Congregação.

Além de Santo Afonso, outros três Redentoristas foram canonizados: São Geraldo Majela, São Clemente Hofbauer e São João Nepomuceno Neumann. Nove Redentoristas foram beatificados: Gennaro Sarnelli, Pedro Donders, Gaspar Stanggassinger, Francisco Xavier Seelos, Domingos Metódio Trcka, Vasyl Velychkovskyi, Zynoviy Kovalyk, Mykolay Charnetskyi e Ivan Ziatyk.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Rezando por minha vocação


Senhor Deus e Pai, teu povo sofre e meu coração se inquieta. Tua Igreja se renova e meu coração se alegra. À medida que cresço e descubro a realidade de teu amor redentor, vou reconhecendo tua ação transformadora neste mundo. Bendito sejas! Jesus, nascido de Maria de Nazaré, irmão de fé e de caminhada, sinto surgir em mim o desejo de amar-te sempre mais e trabalhar contigo para que os abandonados deste mundo se tornem sinais de tua glória e Igreja de tua libertação. Escolhe-me para missionário da tua redenção Copiosa! Espírito Santo de Amor ensina-me o caminho de minha vocação. Eu quero Que minha vida seja bela e plena. Dá-me coragem de enfrentar as decisões deste meu caminho. Maria, mãe do Perpétuo Socorro e educadora do único sacerdote, Jesus, aceita-me na tua escola divina para que eu aprenda a ser uma pessoa segundo o coração do Pai e saiba gastar minha vida na obra da evangelização.
Que assim seja. Amém!
Mãe do Perpétuo Socorro
rogai por nós.
Santo Afonso
rogai por nós.
 

domingo, 23 de janeiro de 2011

Sobre Vocação


Loucura ou felicidade?

Dom Pedro José Conti
Bispo de Macapá
  

O pássaro prisioneiro na gaiola e o pássaro livre da mata se amavam.
– Meu amor, vamos fugir para a floresta! – dizia o pássaro livre.
– Vem aqui, vamos viver juntos na gaiola! – respondia o pássaro prisioneiro.
– No teu espaço fechado não tem como abrir as asas – queixava-se o primeiro.
– Nos teus céus abertos não tem lugar para descansar – retrucava o outro.
 O pássaro livre implorava: - Vou cantar-te os cantos das arvores e dos ventos.
 Resignado o pássaro prisioneiro suspirava e dizia: - Infelizmente os cantos da floresta não podem ser ensinados, mas, se tu ficares aqui, posso ensinar-te a linguagem dos estudiosos.
 Mas o pássaro livre não estava interessado na linguagem dos estudiosos e nem o pássaro prisioneiro podia entender os cantos da floresta. Ficaram assim, um bom tempo, tristes e calados, olhando-se um para o outro pela última vez, até que o pássaro livre tomou para sempre o caminho da mata.
Esse diálogo entre os dois pássaro nasceu de uma idéia do poeta Tagore. Pode nos ajudar a entender o que acontece com a nossa vida e, espero, um pouco também o evangelho deste domingo, no qual ficamos sabendo sobre o chamado dos primeiros apóstolos. Por exemplo, o ambiente familiar onde fomos criados e, portanto, passamos bastantes anos da nossa vida marca, para sempre, a nossa existência. Fica-nos difícil perder certos costumes e, se depois conhecemos outros, acabamos estranhando-os como se fossem esquisitos e até engraçados. Podemos chamar isso de educação, de cultura, mas o resultado é o mesmo: pr ecisamos fazer um pequeno, ou grande, esforço mental para aceitar formas diferentes de viver.
Algo semelhante acontece com as vocações. Acabamos nos identificando com a nossa “profissão” ou situação de vida. Tudo, ou quase, é condicionado por ela: horários, vida familiar, linguagem, amizades, gostos. Quem não pertence ao ambiente não entende as gírias, as piadas, as referências às pessoas e aos fatos. O que é comum e corriqueiro para quem é do ambiente fica estranho para quem vem de fora. Em todo caso, não é tão simples entender o jeito dos outros quando mudamos de lugar, de cidade, de país.
O que pensar daqueles primeiros pescadores que Jesus chamou a deixar os barcos, as famílias, a beira do lago, os seus próprios projetos de vida, para tornarem-se “pescadores de homens”? Ficaram mais livres ou entraram na pior prisão – como muitos ainda pensam? Evidentemente cada um pode pensar o que achar melhor, mas é bom  lembrar que talvez esteja julgando a partir do seu próprio ambiente, da sua cultura e, porque não, da sua maneira de viver – ou não viver - a fé. Muitas vezes pretendemos julgar o que não conhecemos e nunca experimentamos.
Cada vez mais percebo que quando um jovem decide-se para a vida religiosa, sacerdotal ou missionária, é visto pelos outros como alguém diferente. Alguns chegam a perguntar-se se é “normal”, se bate bem da cabeça ou se está exagerando. Não seria suficiente um pouco mais de compromisso com a Igreja? Por que deixar tudo?  Por que Jesus parece ser tão exigente?
Difícil responder e mais ainda convencer quem não acredita ser possível ouvir, ainda hoje, a voz do Senhor que chama. Também há quem pense que confiar na Igreja seja arriscar demais e que é inevitável se arrepender mais tarde. 
Faz parte, porém, do ser humano enfrentar desafios e tentar seguir um chamado. Todos, um dia, ouvimos um canto que nos fascinou. Somente nós o ouvíamos e sabíamos aonde iria nos conduzir. Muitos tentaram nos desencorajar, apresentando dificuldades e obstáculos, mas fomos em frente e, para muitos, aquela foi a escolha que deu sentido e alegria à sua vida. Trilhamos diferentes caminhos. Alguns mais ousados, outros mais prudentes. Todos em busca da felicidade.
Muitas vezes o que parece prisão para um, é liberdade para o outro e vice-versa. O que vale é seguir o canto que atrai, a palavra que convence, o sonho que inquieta.
Para os primeiros apóstolos foi decisivo o chamado de Jesus. Por sua causa quase todos entregaram as suas vidas até a morte. Foi prisão ou liberdade? Engano ou amor? Loucura ou felicidade? Cada um responda como puder.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Perguntas Frequentes sobre Vocação

  • O QUE É VOCAÇÃO
É um Dom, uma aptidão, jeito e qualidade para realizar alguma coisa, realizar aquilo que se sente bem, aquilo que se gosta. E quem chama é Deus, por isso, precisamos escuta-lo.
  • A QUEM DEUS CHAMA
Ele chama a todos, sem distinção de raça ou cor, melhor ou pior. Deus não chama somente os capacitados, mas capacita os escolhidos, aqueles que sentem o chamado de Deus nos mais pobres e nas necessidades da Igreja. Deus é livre para chamar, e a pessoa é livre para responder. O Pai propõe, não impõe.
  • QUAIS SÃO AS VOCAÇÕES
  • Vocação Humana
Deus deu a todos a vida, ela é um dom de Deus. O Pai quer que todos sejam pessoas humanas. Mas ninguém vive no mundo sozinho, vivemos com o outro para ajudá-lo a ser melhor. Vivemos no mundo para transformá-lo. Somos chamados para nos construir e para nos desenvolver, somos chamados para ser filhos de Deus, vivendo na sua amizade e participando de seu projeto de amor e salvação.
  • Vocação Cristã
É seguir Jesus Cristo, sua vida e seus ensinamentos. É ser membro atuante da Igreja. A vocação cristã, nós a vivemos intensamente numa vocação específica: leiga, matrimonial, sacerdotal ou religiosa.
  • Vocação Leiga
É ser sal, luz, fermento no mundo. É ser o coração da Igreja no mundo. É ajudar a comunidade, seja na catequese, na liturgia, na animação, enfim, ajudar naquilo que você mais gosta.
  • Vocação Matrimonial
No matrimônio o cristão expressa o amor de Deus. No amor humano está presente o amor de Deus. A família é fonte que gera vocações.
  • Vocação Sacerdotal
É continuar a Missão de Jesus Cristo, único e verdadeiro sacerdote, por meio do anúncio da Palavra de Deus, pela celebração dos Sacramentos, principalmente da Eucaristia.
  • Vocação Religiosa
É vida de doação e de consagração inteiramente a Deus. É a vida dos irmãos e irmãs religiosos, e dos sacerdotes religiosos, que vivem na alegria da fraternidade e do serviço. São sinais e presença de Deus no mundo.
  • O QUE É UM ENCONTRO VOCACIONAL
O Encontro Vocacional não é tempo de falar, mas de ouvir, escutar o que o Pai tem para nos falar. É o momento de abrir os ouvidos para a escuta atenta de Deus, que tem um projeto de vida para mim. “Falai, Senhor, que o vosso servo escuta!”. É tempo de calar outras vozes dentro de mim, no meu interior, para poder escutar e seguir a voz de Deus.
É muito importante e necessário fazer o encontro vocacional, pois é preciso parar a corrida da vida, que não permite contemplar a mim mesmo, verificar como sou e como estou, para fazer um discernimento, e descobrir o que Deus quer de mim. É uma pausa no caminho, onde me aproximo do poço da água viva, restauro minhas forças e prossigo, de modo novo, meu caminho. Os encontros vocacionais não são somente para aqueles que pretendem seguir a Vida Religiosa, mas também para aqueles que buscam orientações, um sentido para suas vidas. Isso é importante para que você descubra um caminho a seguir, até mesmo uma profissão.
  • QUEM SÃO OS MISSIONÁRIOS REDENTORISTAS
A Congregação do Santíssimo Redentor, dos Missionários Redentoristas, foi fundada por Santo Afonso Maria de Ligório, no Reino de Nápoles, na Itália, no ano de 1732. Santo Afonso quis seguir o exemplo de Jesus Cristo da pregação da Palavra de Deus aos mais pobres, inspirado nas próprias Palavras do Senhor: “Enviou-me para evangelizar os pobres” (Lc 4,18).
Os Missionários Redentoristas chegaram aqui, no Brasil, no ano de 1894, e desde então vêm realizando o seu apostolado em todos os Estados brasileiros, seja com as Santas Missões, seja nos Santuários, nas Paróquias e periferias. Somos um grupo de religiosos, formado por Padres e Irmãos, que convivem em comunidade e por meio dela realizam sua Missão, atendendo aos mais empobrecidos e abandonados.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A Cruz

 
 
Havia um homem cansado de sua cruz, pois a mesma o machucava e o feria. Estava pesada, havia muitos anos que ele a trazia consigo. Ela estava velha, sem cor, sem brilho, sem graça e ele sem a ousadia de carregá-la como fazia antigamente quando a comprou.

Então, este homem decide ir a uma loja que vendia cruz a pronta entrega, para comprar outra.

Chegando lá começou a experimentar:
1ª. Muito comprida, não vou conseguir ficar em pé;
2ª. Muito larga vai arrebentar meu braços;
3ª. Muito fina vai lesionar minha coluna, pois ficará bem no meio da coluna;
4ª. Muito chamativa, não quero que ninguém me veja carregando;
5ª. Muito pesada, não consigo nem tirá-la do lugar. 

E foi fazendo a volta na loja até chegar na ultima cruz, imagino que a de numero 100 e disse :
- Finalmente, achei uma compatível comigo, ela se encaixa em meus braços com perfeição, posso carregá-la, posso levantá-la sozinho, e é da cor que eu gosto.

E o vendedor o surpreende dizendo:
- Senhor esta cruz é a sua, que o senhor deixou escorada quando o senhor entrou na loja e começou a experimentar as outras.

Conclusão: Deus não te dá uma cruz que você não possa carregar, nem sempre o fardo do teu irmão é mais leve, só ele sabe o que carrega!

Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Lucas 9:23

Video Vocacional

Vocação à Vida Consagrada


   A vocação à Vida Religiosa ou Consagrada é uma vocação fantástica na Igreja. As Congregações femininas e masculinas são feitas por pessoas que se consagraram à vida religiosa. O chamado a essa vocação não é uma questão de merecimento ou privilégio, mas um dom. 
   A essência da vocação religiosa é baseada no batismo. Todo religioso faz uma profissão pública diante da Igreja dizendo querer viver o Batismo de modo mais radical. Mas, para isso precisa consagrar sua vida a Deus. Quer pertencer a Deus 100 % em tudo. Quer viver em e por Deus. É o primeiro a perceber as fraquezas humanas e assumir com coragem uma vida inteira de conversão no ser e no agir de Deus.
   É seguir Jesus como discípulo missionário. Mas "seguir Jesus" exige viver sua consagração exatamente como Jesus vivia. Por isso, assume os três meios radicais de amor que Jesus vivia: pobreza, castidade e obediência. Os votos religiosos não são leis e obrigações, mas uma atitude de amor radical a Deus e ao próximo.
   Assumindo suas fraquezas diante desse projeto tão bonito, vive em comunidade buscando apoio e ajuda dos outros. A finalidade da vida comunitária é continuar fiel ao projeto de amor radical.
     Religiosos não são perfeitos, nem diferentes dos outros membros da Igreja. É um vocacionado por Deus. Rezemos para que Deus mande à sua Igreja vocações religiosas. Maria, mãe dos religiosos, interceda para que possamos viver com fidelidade nossa vocação na Igreja. Mãe do Perpétuo Socorro; rogai por nós! ,